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Minos, filho de Zeus com Europa, assume o trono de Creta após a morte de Astério, e para demonstrar seu direito ao reino, gabou-se de que os deuses responderiam a qualquer súplica que ele lhes fizesse. Dedicando primeiro um altar a Poseidon e fazendo todos os preparativos, ele pediu então que surgisse um touro do mar. No mesmo instante, saiu nadando até a margem um touro níveo, mas Minos ficou tão desconcertado com a sua beleza que o incorporou ao seu gado e sacrificou um outro em seu lugar.(Estrabão: X. 4. 8.)
Poseidon, afim de vingar-se da afronta que lhe havia feito Minos, fez com que Parsífae, esposa de Minos, se apaixonasse pelo touro branco que ele não quisera sacrificar. Ela cofessou essa paixão inatural a Dédalo, o famoso artesão ateniense, que vivia agora exilado em Cnossos deleitando Minos e sua família com as bonecas animadas de madeira que havia talhado para eles. Dédalo prometeu ajudá-la e construi uma vaca oca de madeira, a qual ele cobriu com couro bovino, pôs umas rodas ocultas nos cascos e a empurrou até o prado perto de Gortina, onde o touro de Poseidon pastava, debaixo dos carvalhos, entre as vacas de Minos. Após mostra a Parsifae como abrir as portas sanfonadas situadas na parte traseira da vaca, ele se retirou discretamente. O touro branco não tardou em aproximar-se e cobri-la de forma que Parsífae pôde satisfazer seu desejo e, mais tarde, deu à luz o Minotauro, monstro com cabeça de touro e corpo humano. (Diodoro Sículo:Loc. Cit.; Pausânias: VII. 4. 5; Virgílio: Égloglas VI. 5 est seq)
O touro se tornou selvagem e arrasou Creta inteira, até que Hércules o capturou e o levou à Grécia, onde finalmente foi abatido por Teseu. Minos consultou um oráculo para saber qual era a melhor maneira de evitar o escândalo e ocultar a desgraça de Parsífae. A resposta foi: “Dê instruções a Dédalo para que lhe construa um retiro em Cnossos!” Dédalo, assim o fez, e Minos passou o resto da vida no intrincado recinto chamado Labirinto, em cujo centro ele escondeu Pasífae e o Minotauro. (Ovídio: As metamorfoses VIII. 155 et seq; Apolodoro III. 1. 4.)
O touro capturado por Hércules, foi solto na planície de Argos e dali, conduziu através do istmo até Maratona. Ele havia matado centena de pessoas, entre eles, dizem alguns o filho de Minos, Androgeu. Para compensar a morte de seu filho Androgeu e devido a vitória de Creta, sobre Atenas, Minos decretou que os atenienses deveriam enviar a cada nove anos – ou seja, término de cada Grande Ano – sete rapazes e sete donzelas ao Labirinto de Creta, onde o Minotauro os aguardava para devorá-los. Logo após a chegada de Teseu a Atenas, o devido tributo deveria ser pago pela terceira vez, e Teseu apiedou-se dos pais cujos filhos poderiam ser sorteados para se tornarem vítimas, e seu ofereceu, ele próprio, em sacrifício, apesar dos sérios intentos de Egeu em dissuádi-lo. Após a realização do sorteio no Tribunal de Justiça, Teseu conduziu seus companheiros ao templo do Delfim, onde, em homenagem a eles, ofereceu a Apolo um ramo de oliveira consagrado, atado a uma fibra de lã branca. As 14 mães levaram provisões para a viagem e contaram aos filhos fábulas que narravam feitos de heróis para animá-los. Teseu zarpou no sexto dia do mês de muníquion (abril).
Quando o barco chegou a Creta alguns dias depois, Minos foi até o porto contar as vítimas. Ele se apaixonou por uma das virgens atenienses e a teria violado ali mesmo se não fosse pelos protestos de Teseu, que, apresentando-se como filho de Poseidon, declarou ser o seu dever proteger as virgens do abouso de tiranos. Minos sorriu com lascívia e respondeu que Poseidon, pelo que se sabe, jamais demonstrou respeito especial por nenhuma virgem pela qual se apaixonasse.
– Ah! – exclamou – Mostre que é filho de Poseidon recuperando esta ninharia para mim!
E ao dizê-lo, atirou seu anel de outro ao mar.
– Primeiro me mostre que é filho de Zeus! – replicou Teseu.
E assim fez Minos. Sua súplica “Zeus Pai, escute-me!” foi imediatamente seguida de um rêlampago e um trovão. Teseu mergulhou sem demora no mar, onde um grande cardume de golfinhos o escoltou com todas as honras até o palácio das nereidas. Dizem que a nereida Tétis presenteou-lhe a coroa adornada com jóias, o presente de casamento que lhe havia sido dado por Afrodite e que depois ornou a fronte de Ariadne; outros dizem que foi a própria Anfitrie, deusa do mar, que o fez, e que mandou as nereidas nadarem em todas as direções para procurar o anel de ouro. De qualquer modo, quando Teseu saiu do mar, trazia com ele tanto o anel como a coroa, assim como foi retratado por Micon em sua pintura da terceira parede do santuário de Teseu. (Pausânias: I. 17 3; Higino: loc cit)
A filha de Minos, Ariadne, se apaixonou por ele a primeira vista:
– Vou ajudá-lo a dar cabo do meu meio-irmão, o Minotauro – prometeu-lhe ela em segredo – , se você consentir em me levar para Atenas como sua esposa.

Naquela mesma noite, Teseu cumpriu com sua tarefa, com a espada, presente de Ariadne, matou o Minotauro, pondo fim aos sacrifícios.
Mais informações…acesse: http://www.theoi.com/
>Está excelente a explicação, mas que moral podemos tirar desse mito relacionado ao nosso modo de viver?Que devemos sempre respeitar as leis e aqueles que as fazem para poupar sofrimento?
>"Faça o que tu queres pois é tudo da lei..da lei" já dizia o poeta…Creio que os respeito ou não as leis da Natureza são a principal razão do Sofrimento humano…Mas como saber se não experimentamos? O conhecimento prévio das leis, pode ser uma saída? Creio que sim…mas existe um conhecimento…que reside na experiência…e esta muitas vezes é o desejo da alma…humana..Poxa…volte sempre..adorei o comentário! Extremamente provocativo…Abs